Argentina: área plantada de soja deve aumentar 100 mil hectares na safra 2020/21

A área da soja na Argentina deve totalizar 17.2 milhões de hectares na safra 2020/21, segundo estimativa da Bolsa de Cereais de Buenos Aires. A projeção representa aumento de 100.000 hectares, ou 0,60% em relação à safra anterior.

Segundo a Bolsa, com a redução das áreas de outras culturas, como trigo, cevada, girassol e milho, haverá maior disponibilidade de lotes para o plantio de soja.

Além disso, “a recuperação dos preços permite a melhora da relação insumo-produto em grande parte da região agrícola, favorecendo não apenas o cultivo de soja de primeira safra, mas também o plantio de segunda safra”, informou a Bolsa de Cereais.

No entanto, a fonte estimou que as condições climáticas devem limitar os trabalhos durante a janela ideal de plantio, por causa principalmente da confirmação do La Niña e da alta probabilidade de que o fenômeno persista até o começo do verão no Hemisfério Sul.

Segundo a Bolsa, a previsão para os próximos meses é de chuvas abaixo da média histórica em importantes regiões agrícolas do país.

A produção argentina de soja em 2020/21 está estimada em 46.5 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 5,10% em relação à safra 2019/20.

Fiscais de grãos anunciam greve

O sindicato que representa trabalhadores portuários argentinos do setor de grãos informou no domingo que faria uma paralisação de 24 horas a partir da meia-noite, após não conseguir chegar a um acordo coletivo de trabalho com a câmara empresarial que atende os donos de portos privados.

O sindicato Urgara, que representa os fiscais responsáveis pela verificação da qualidade dos grãos antes que estes sejam embarcados nos navios, exortou os seus trabalhadores a “cessarem toda atividade nos portos pelo país”, segundo comunicado na noite de domingo.

Os membros da Urgara são fundamentais para a operação dos portos e embarque de grãos da Argentina, grande exportador global.

A paralisação foi programada para começar a partir da meia-noite de domingo e ocorrer durante toda a segunda-feira.

O sindicato disse que ainda participará de uma reunião na terça-feira com o ministro do Trabalho, Claudio Moroni, para discutir uma possível conciliação com a Câmara de Portos Privados. A Câmara não comentou imediatamente a decisão do sindicato.

 

Estadão Conteúdo/Reuters

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