Brasil deverá ganhar fatia no mercado global de açúcar

O Brasil deverá ganhar participação nas exportações globais de açúcar para 48% do total transacionado na safra 2023/24, alta de 4 pontos percentuais na comparação com o ciclo anterior, de acordo com apresentação feita nesta quarta-feira, 24, pela Raízen, maior empresa do setor no mundo.

Ganho de competitividade

Segundo a empresa, o movimento acontece à medida que o país, maior exportador mundial da commodity, ganha competitividade em um cenário de maior preço de equilíbrio. Para as safras seguintes, o Brasil seguirá ganhando fatias, somando 53% do total em 2026/27.

Necessidade do mercado mundial

Durante apresentação no evento para investidores Raízen Day, a empresa previu que o país, que tem o menor custo de produção entre os seus principais concorrentes, avançará em momento em que o mercado mundial precisa de um preço da commodity mais elevado, uma vez que a capacidade instalada de produção está “esgotada”.

Estimativas

A Raízen estimou que o novo “preço de equilíbrio necessário” do açúcar é de 22,3 centavos de dólar por libra-peso em 2023, versus 18,8 centavos em 2022.

A empresa estimou o custo de produção no Brasil em 15,7 centavos de dólar por libra-peso em 2022/23, versus 20,2 centavos do principal concorrente, a Índia, enquanto o custo da Tailândia foi visto em 22,6 centavos.

“O Brasil é o mais eficiente em produção de açúcar. Investimentos precisam acontecer, o novo equilíbrio de preço deve se manter até termos nova capacidade instalada”, disse o vice-presidente de trading da Raízen, Paulo Neves.

Ele salientou que estes investimentos em capacidade provavelmente acontecerão no Brasil, considerando a maior competitividade brasileira.

Índia deve ter fatia

A Índia deverá ter fatia do mercado global de 3% na safra 2023/24, versus 11% na safra anterior. Já a Tailândia ficará com 15%, ante 14% no período anterior.

Maior conexão com os destinos do seu açúcar

A Raízen afirmou ainda que está mais conectada aos destinos do seu açúcar, entregando hoje 100% do produto próprio ao cliente, versus pouco mais da metade em 2022, quando uma parte ainda era vendida por meio de intermediários.

A companhia reafirmou a projeção de elevar a moagem de cana para cerca de 80 milhões de toneladas na temporada 2023/24, iniciada em abril.

A empresa, que alega estar em uma “jornada para a recuperação da produtividade agrícola”, disse que esse objetivo vai ter impacto relevante de R$ 3 bilhões ao ano, com menos custos e mais produtos.

“Isso é transformacional, muda o patamar da nossa empresa”, afirmou o vice-presidente executivo de etanol, açúcar e bioenergia da Raízen, Francis Queen, durante apresentação.

A Raízen indicou que esta estimativa considera um aumento da produtividade média da cana própria da empresa na safra 2025/26 para 83 toneladas por hectare, versus 70 t/ha na safra passada (2022/23).

“Estamos seguros de que, em dois anos, fechamos o ‘gap’ e entregaremos o nosso canavial com este potencial”, disse ele.

Fonte:NovaCana

 

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