Brasil importou US$ 7.2 bilhões de fertilizantes em 2020

Os ingredientes químicos intermediários para a produção de fertilizantes foram o principal item da pauta de importação da indústria química brasileira, aponta a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). As compras chegaram a US$ 7.2 bilhões no ano passado, o equivalente a 61,70% (31.8 milhões de toneladas) das 51.5 milhões de toneladas em compras externas de produtos químicos.

Ao todo, o Brasil importou US$ 41.4 bilhões em produtos químicos em 2020, um valor total pago pela aquisição das mais de 51.5 milhões de toneladas. Trata-se de um recorde em volume importado pelo País ao longo de toda a série histórica de acompanhamento da Balança Comercial setorial pela Abiquim (desde 1989).

Foi registrada, porém, uma redução de 6,30% no valor monetário das importações na comparação com os resultados de 2019. Por outro lado, houve uma significativa elevação de 8,20% nas quantidades físicas adquiridas, em especial “tendo em vista as graves conjunturas econômicas global e nacional decorrentes da pandemia do Covid-19”, informa a associação em nota.

“Quando comparadas com as 37.5 milhões de toneladas de 2013, ano em que foi registrado o maior déficit no histórico da Balança Comercial de produtos químicos, de US$ 32 bilhões, registra-se um aumento de 37,50%, sobretudo em produtos químicos orgânicos e para o agronegócio”, indica a Abiquim.

Com relação a esses produtos, complementa a entidade, “o Brasil tem domínio técnico e expertise empresarial de produção e poderiam ser fabricados no País, diminuindo a dependência externa em cadeias estratégicas, caso as condições de competitividade em fatores de produção como energia, gás-natural e logística, fossem favoráveis para a atração de investimentos”.

Ativo estratégico

Para o presidente executivo da Abiquim, Ciro Marino, “a indústria brasileira, sobretudo a química, é um ativo estratégico para o Brasil e deve ser amparada por políticas públicas consistentes, perenes e de Estado, especialmente no que se refere a questões econômicas e comerciais”.

Segundo Marino, essas questões devem ser elaboradas “a partir de uma visão que garanta segurança jurídica capaz de promover um ambiente de negócios que dê  à indústria condições de demonstrar toda a sua já comprovada competitividade da porta para dentro”.

“É fundamental resolver as limitações que o Custo Brasil apresenta para o exercício pleno de seu potencial produtivo”, conclui o executivo.

 

Fonte: Agrolink

Equipe SNA

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