Cacau: indústria recebeu em abril 11.912 toneladas, com aumento de 44,60% em relação ao mês anterior

As indústrias processadoras de cacau receberam em abril 11.912 toneladas do produto, um aumento de 44,60% em relação ao mês de março, quando o volume recebido foi de 8.236 toneladas. Os dados foram compilados pelo SindiDados – Campos Consultores e divulgados pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).

No acumulado do ano, o volume total de amêndoas recebido foi de 40.842 toneladas, número 92,80% superior às 21.177 toneladas recebidas no mesmo período de 2021.

A diretora executiva da AIPC, Anna Paula Losi, indicou em comunicado que “esse aumento no volume acumulado demonstra os resultados dos investimentos em diversas frentes ao longo dos últimos anos. A safra principal em 2021 não foi muito boa, mas os resultados da safra temporã ano passado trouxeram perspectivas positivas para o setor, que estão se consolidando com os resultados do primeiro quadrimestre de 2022”.

Moagem

Já a moagem recuou 27,50% em abril e foi de 14.051 toneladas, contra 19.385 toneladas processadas em março, segundo a AIPC. Essa queda ocorreu por causa de questões operacionais das processadoras e se refletiu na retração da moagem no acumulado de janeiro a abril em 6,20%, passando de 74.069 toneladas em 2021 para 69.490 toneladas nos quatro primeiros meses de 2022.

“Apesar desse volume menor de moagem nesse quadrimestre, as perspectivas seguem positivas para o ano, e ao longo dos próximos quadrimestres os volumes devem voltar para os patamares anteriores. No entanto, ainda não dá para falar em aumento na moagem, visto que o cenário econômico global e local ainda estão muito instáveis”, informou Anna Paula.

Destaques

No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, todos os principais estados produtores registraram aumento nos volumes enviados às processadoras. A Bahia se mantém como a principal fonte do recebimento de amêndoas, com 23.166 toneladas e aumento de 64,40% em relação a 2021, quando o volume foi de 14.087 toneladas.

Na sequência está o Pará, com 15.556 toneladas e aumento de 187% em relação às 5.407 toneladas, reflexo da recuperação da região em relação ao ano anterior, quando sofreu perdas em razão de questões climáticas. O recebimento do Espírito Santo aumentou 20,60% e passou de 1.386 para 1.672 toneladas, enquanto o aumento no volume recebido de Rondônia foi de 42,40%, passando de 292 toneladas para 416 toneladas.

Importações

Em abril, as importações de amêndoas para processamento e atendimento dos clientes internacionais totalizaram 4.004 toneladas, 49,90% inferior às 8.000 toneladas importadas em abril de 2021. No quadrimestre, as importações totalizaram 7.007 toneladas, volume 77% menor em comparação às 30.500 toneladas importadas no mesmo período de 2021.

“A redução no volume importado está diretamente ligada à melhoria da safra nacional. A tendência é que na medida em que a produção local de amêndoas for aumentando, a importação irá diminuir”, indicou Anna Paula.

“Futuramente, talvez em cinco ou dez anos, o volume importado passe a ser irrisório, já que a expectativa é de que o Brasil tenha produção suficiente para atender o mercado local. Diante disso, é de suma importância, que desde já, os produtores se organizem para acessarem os mercados internacionais e para isso o foco em sustentabilidade é primordial”.

Vendas

As exportações de derivados também recuaram 34,50%, totalizando 3.182 toneladas, contra as 4.860 toneladas em março. No acumulado, o recuo foi de 7,50%, para 16.893 toneladas contra 18.258 toneladas em 2021.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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