Cafés especiais ganham fôlego e nova geografia

Para 2018, as estimativas da BSCA são de que as exportações devem ter incremento de 5%. Foto: divulgação

A produção de cafés especiais no Brasil vem ganhando novas fronteiras e sabores nos últimos 10 anos. Se antes o estado de Minas Gerais reinava praticamente absoluto no segmento, novas áreas se consolidam ofertando grãos de excelente qualidade e padrão.

Os números mostram o fôlego deste mercado: a produção de cafés especiais evoluiu, em média, 15% nos últimos anos, saltando de 5,2 milhões de sacas, em 2015, para aproximadamente 8,5 milhões de sacas em 2017.

“Temos a grata satisfação de colher cafés especiais excepcionais em diversas origens produtoras do Brasil, como nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Cada qual possui suas características e peculiaridades, mas todos têm elevado requinte, o que os coloca em condição de igualdade no quesito qualidade e bebida fina, gerando imenso prazer para quem os degusta”, conta Vanusia Nogueira, diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA),.

Para a associação, este salto dado na última década só foi possível graças a uma forte atuação da entidade no trabalho de conscientização nas duas pontas, tanto com o consumidor, quanto com o produtor.

Ainda refinando alguns números, a BSCA acredita que, em 2017, podem ter sido embarcadas cerca de 7,6 milhões de sacas de cafés especiais, superando as 6,75 milhões de sacas do ano anterior. Os principais destinos foram Estados Unidos, Europa e Japão.

Apesar da maior parte dos cafés especiais ter como destino o exterior, o interesse dos brasileiros por uma bebida mais sofisticada também vem crescendo. Os números mais recentes da BSCA mostram que foram consumidas 901,7 mil sacas de cafés especiais no País em 2016, respondendo por 5,1% do consumo total da bebida no País. Esse volume representa crescimento de 18,1% em volume e 18,4% em valor entre os anos de 2012 e 2016.

A movimentação financeira somente no varejo de cafés especiais aqui no Brasil foi de R$ 3,2 bilhões no ano retrasado. Para 2017, espera-se que o volume tenha saltado entre 10% e 15%, situando-se na casa de 1 milhão de sacas.

Olhar para o futuro

Para 2018, as estimativas da BSCA continuam sendo de um mercado amimador. A produção deve crescer entre 5% e 10%, já o consumo deve ter expansão de 10% a 15%. As exportações devem ter incremento de 5%.

Por Equipe SNA/Rio

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