CNA e Apex-Brasil promovem seminário de capacitação em vendas para a União Europeia

 

Camila Sande, coordenadora de exportação da CNA. Foto: Divulgação/CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), promoveu, nesta terça-feira, um seminário virtual para capacitar empresários rurais brasileiros em vendas para a União Europeia.

O evento faz parte das ações do Agro.BR, projeto voltado para a internacionalização do agro brasileiro. A iniciativa auxilia empresários do setor, viabilizando negócios internacionais para aumentar a presença de pequenos e médios produtores no comércio exterior, além de diversificar a pauta de exportação brasileira.

Na abertura do seminário, a coordenadora de exportação da CNA, Camila Sande, afirmou que a Europa é um mercado desafiador e exigente, mas é um tradicional parceiro comercial do Brasil. “Com essas ações do projeto, a gente espera consolidar e ampliar a venda de produtos agropecuários nesse mercado”.

O chefe de operações do escritório da Apex-Brasil em Bruxelas, Alex Figueiredo, foi um dos palestrantes do evento e falou sobre a economia, o comércio e os mercados-alvo da União Europeia, além da saída do Reino Unido do bloco europeu (Brexit).

“Juntos, os 27 países do bloco e o Reino Unido são os maiores exportadores e o segundo importador de alimentos e bebidas do mundo. Hoje a população já totaliza 450 milhões de habitantes, a terceira maior do mundo. É um mercado potencial e está em ascensão”, disse Figueiredo.

Acordos internacionais

Em sua apresentação, ele informou que a União Europeia possui mais de 40 acordos internacionais e é considerado um exportador de regulamentos, com exigências alfandegárias e certificados específicos. “É fundamental que o empresário conheça o mercado que se pretende trabalhar e a melhor forma de conquistá-lo”.

Sobre o acordo Mercosul-União Europeia, Figueiredo destacou que o processo de negociação durou 20 anos (1999-2019). “É um acordo de associação com três pilares: comércio, cooperação e diálogo político”.

Com relação ao Brexit, o chefe de operações afirmou que existe um novo perfil tarifário e que o Reino Unido isentou as alíquotas em 5% das classificações do complexo alimentos e bebidas, ou seja, em 36 dos mais de 700 produtos classificados no sistema harmonizado internacional. Frutas, carnes, sucos, grãos são também submetidos a cotas.

Oportunidades de negócios

Durante o seminário, a analista de negócios da Apex-Brasil, Magdalena Smorczewska, fez uma exposição sobre as oportunidades e a cultura de negócios da Europa. “O comércio europeu é competitivo, exigente, complexo e composto por múltiplos mercados. É referência mundial de novas tendências e benchmarking”.

Segundo Magdalena, há oportunidades de negócios para diversos segmentos, como cacau, café e castanhas. “A União Europeia é um forte mercado produtor de chocolate e precisa de insumos. Em relação ao café, há oportunidades para os especiais, que estão em destaque, e produtos de alta qualidade. Para as castanhas, existe uma demanda impulsionada pela popularidade de alimentação saudável”.

Tendências

No encontro, a analista da Apex-Brasil pontuou algumas tendências do mercado e dos consumidores europeus. Segundo ela, há uma crescente preocupação com a saúde e o bem-estar, com a adoção de hábitos alimentares e características para o estilo de vida saudável. “Linhas de produtos ‘free from’, nomeadamente sem glúten e sem lactose, por exemplo, têm sido um sucesso em vendas e lançamentos”.

Para a especialista, são várias oportunidades no mercado europeu, mas existem algumas sensibilidades, como a adequação dos preços às expectativas dos consumidores e aos valores médios das categorias de produtos específicos.

Além disso, segundo Magdalena, há outros aspectos importantes a considerar, como a importância do prazo de validade adequado, o alto nível da conscientização dos consumidores que analisam rótulos e etiquetagem e a necessidade de investir em marketing e posicionamento dos produtos.

Por fim, a analista disse aos participantes do seminário que o exportador brasileiro precisa despertar o interesse do comprador, fornecendo uma embalagem moderna, prática e sustentável, e informando sobre as propriedades do produto apresentado e seus benefícios para a saúde.

“É necessário que o empresário disponha de informações precisas sobre o produto, como teor de açúcar, corantes e conservantes”, concluiu.

 

 

Fonte: CNA

Equipe SNA

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