CNA e Mapa discutem revisão do padrão oficial de classificação da soja

Soja: mais de 60 milhões de toneladas foram exportadas em 2022.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou recentemente de uma reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para discutir a revisão do padrão oficial de classificação da soja.

Atualmente, o padrão oficial de classificação da soja é regulamentado pela Instrução Normativa Mapa nº 11/2007, mas um novo texto publicado em fevereiro (Portaria nº 532/2022) passou por consulta pública para atualizar a norma.

A China, principal importador da oleaginosa brasileira, também está revisando seu padrão de classificação e comunicou a decisão à Organização Mundial de Comércio (OMC). O Brasil já exportou mais de 60 milhões de toneladas de soja em 2022 e, deste total, 66% tiveram como destino o mercado chinês.

“O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e precisamos nos antecipar e entender como a revisão dos padrões podem afetar a produção e as exportações”, disse o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.

Contribuições

Neste contexto, o Mapa está preparando uma agenda de seminários para debater o tema antes de uma audiência pública, e a CNA contribuirá com o levantamento de dúvidas sobre o padrão proposto pela China para esclarecimentos diretos com o órgão chinês responsável.

Hugo Caruso, coordenador-geral de Qualidade Vegetal do Mapa, comentou que a revisão é uma demanda do setor e acrescentou que a publicação da Portaria nº 532/2022 veio para iniciar os debates sobre o tema.

Karina Fontes Coelho Leandro, coordenadora de Regulamentação da Qualidade Vegetal, relembrou a atuação e as contribuições da CNA para a aprovação do novo Regulamento Técnico do Café Torrado, uma norma democraticamente construída e consensualmente aprovada pelo setor.

“Contamos com o apoio da CNA também na discussão do padrão oficial de classificação da soja para que a norma atenda de forma ampla a cadeia”, disse Karina.

Fonte: CNA
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