Creditares fomenta ‘agrobankers’ para facilitar empréstimos

A agtech Creditares tem apostado no compartilhamento de informações promovido pelo open banking para ampliar as fontes de financiamento aos produtores rurais no País. Desde 2022, a empresa já aprovou R$ 150 milhões em operações de crédito para o campo.

A partir do início desse ano, a Creditares começou a treinar os chamados “agrobankers”, profissionais que trabalham nos mais diversos ramos que têm interface com o setor agropecuário, para atuar no mercado financeiro do setor.

Desde então, eles passam a ter acesso à plataforma tecnológica Agro Open Bank, desenvolvida pela fintech, e podem oferecer novas formas de crédito rural.

Profissionais

Os agrobankers são escritórios de investimentos, projetistas de crédito, consultores agropecuários, contadores, advogados, representantes técnicos de vendas, autônomos e demais agentes do mercado.

Na plataforma, eles acessam linhas de custeio, investimento, comercialização e estocagem de mais de 20 instituições financeiras, além de operações de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), Fundos de Investimentos nas Cadeias do Agronegócio (Fiagros) e opções em dólar para oferecer aos seus clientes.

Já são mais de dez agrobankers especializados, disse José Corral, CEO da Creditares. A expectativa é encerrar o ano com mais de 100. A cada negociação concretizada, esses profissionais são remunerados.

“O agrobanker tem à disposição a funcionalidade da plataforma, que faz toda análise de risco de crédito do produtor, o que entrega transparência, previsibilidade e segurança a quem busca financiamento, a quem fornece e a quem conecta ambos”, afirmou Corral.

Gerenciamento de dados

Ele ressaltou que o formato de open banking, aprovado pelo Banco Central, é uma evolução para o agronegócio, pois o compartilhamento de informações encurta a jornada de captação e melhora a qualidade das informações necessárias para a boa análise de risco de crédito.

Além das informações financeiras, disse Corral, a análise requer a compreensão sobre o perfil de gestão e da governança do negócio, bem como dos indicadores agronômicos e zootécnicos e do compliance fundiário e socioambiental do produtor rural.

A Creditares busca capturar, analisar e validar os dados da atividade agrícola para quem libera os recursos, dentro das regras da Lei Geral de Proteção de Dados e seguindo normas de segurança das informações.

“O grande vilão do crédito no agro é a assimetria de informações que faz com que os agentes financeiros não consigam avaliar bem o risco do tomador”, concluiu o executivo.

Fonte: Valor
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