FAO: preços dos alimentos caem em junho e produção de cereais tem ligeira alta

Os preços mundiais dos alimentos caíram pelo terceiro mês consecutivo em junho, mas permaneceram próximos dos níveis recordes registrados em março, informou a agência de alimentos das Nações Unidas nesta sexta-feira.

O índice de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, atingiu a média de 154,2 pontos no mês passado, contra 157,9 (revisados) em maio (esse índice havia sido fixado anteriormente em 157,4).

Apesar da queda mensal, o índice de junho ainda ficou 23,10% acima do registrado no ano anterior, impulsionado pelo impacto da invasão russa da Ucrânia, preocupações com clima adverso, forte demanda global e altos custos de produção e transporte. “Os fatores que elevaram os preços globais ainda estão em jogo”, disse o economista-chefe da FAO, Maximo Torero Cullen.

Estimativas

Em estimativas separadas de oferta e demanda de cereais, a FAO elevou a sua previsão da produção global de cereais em 2022 para 2.792 bilhões de toneladas, contra 2.784 bilhões de toneladas. O volume ainda está 0,60% abaixo da produção mundial em 2021.

O índice de cereais da FAO caiu 4,10% em relação a maio, mas subiu 27,60% na comparação anual. A FAO informou que o declínio de junho foi impulsionado pela disponibilidade sazonal de novas colheitas no Hemisfério Norte, melhores condições de colheita em alguns dos principais países produtores e maiores perspectivas de produção na Rússia.

Consumo

A estimativa de consumo mundial de cereais em 2022/23 foi elevada em 9.2 milhões de toneladas, para 2.797 bilhões de toneladas. No entanto, isso ainda representou uma queda de 0,10% em relação aos níveis de 2021/22, refletindo principalmente as expectativas de menor uso em ração.

Estoques

A FAO estimou que os estoques mundiais de cereais no final das temporadas de 2023 totalizariam 854 milhões de toneladas, um aumento de 7.6 milhões de toneladas em relação à previsão do mês passado, mas mesmo assim representando uma queda de 0,60% no comparativo anual.

Fonte: Reuters
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp