IGC: relação entre consumo e estoques globais de milho ficará mais confortável em 2021/22

Apesar da quebra da atual safra brasileira de milho, a tendência é que a temporada mundial do grão em 2021/22, que começou oficialmente no dia 1º deste mês, apresente uma oferta mais ampla e um nível de estoques menos apertado.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) estimou que a produção do cereal chegará a 1.21 bilhão de toneladas, 0,67% mais que o estimado no relatório anterior e 7,40% acima da colheita de 2020/21.

“Com safra maior nos EUA, manutenção da demanda e revisão nos estoques iniciais, prevemos que os estoques de milho estarão bem confortáveis em 2021/22”, indicou o Conselho.

A estimativa é que o consumo mundial de milho fique em 1.2 bilhão de toneladas, 4,30% a mais que no ciclo passado. Os estoques foram estimados em 282 milhões de toneladas, com aumento de 3% em relação ao fim da safra passada.

Produção total de grãos

Com esse ajuste nas expectativas sobre o milho, o IGC elevou a sua estimativa para a colheita mundial de todos os grãos e cereais de 2.283 bilhões para 2.289 bilhões de toneladas. Esse volume representa um aumento de 3,40% na comparação com 2020/21.

“Com o volume do consumo inalterado, a perspectiva para os estoques globais no fim de 2021/22 é impulsionada por 10 milhões de toneladas a mais de milho”, informou o IGG no relatório.

O consumo mundial de todos os grãos está estimado em 2.288 bilhões de toneladas, contra 2.23 bilhões de toneladas no ciclo passado.

O comércio mundial, porém, deve cair, segundo o Conselho, de 427 milhões para 416 milhões de toneladas. Os estoques finais, então, passaram a ser estimados em 599 milhões de toneladas, contra as 598 milhões de toneladas do ciclo passado.

Soja

No quadro geral de soja, o IGC não fez alterações, mantendo a estimativa de produção em 380 milhões de toneladas, 5% maior que no ciclo passado. O consumo continuou previsto em 376 milhões de toneladas, contra as 361 milhões de toneladas em 2021/21. Os estoques permaneceram estimados em 57 milhões de toneladas, três milhões de toneladas a mais que na temporada passada.

Trigo

Para o trigo, houve ajustes nas estimativas de colheita, reduzida em 1 milhão de toneladas, para 781 milhões de toneladas, e dos estoques, que passaram de 270 milhões para 277 milhões de toneladas. A projeção para o consumo foi mantida em 783 milhões de toneladas.

Arroz

Para o arroz, por fim, o IGC fez poucas alterações. Manteve a estimativa de colheita em 512 milhões de toneladas, contra 507 milhões de toneladas no ciclo passado.

O consumo continuou estimado em 509 milhões de toneladas e os estoques foram ajustados para cima, de 172 milhões para 182 milhões de toneladas, três milhões de toneladas a mais que no fim de 2020/21.

 

Fonte: Valor

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