Mercado de insumos biológicos no Brasil poderá alcançar R$ 6.2 bilhões até 2025

Ladybug
Insetos têm atuação como predadores no controle biológico de pragas.

Até 2025, o mercado de insumos biológicos no Brasil deverá movimentar R$ 6.2 bilhões, com crescimento de cerca de 20% ao ano, segundo informações da Agrivalle. Nesse contexto, serão beneficiados os segmentos de bionematicidas, bioinseticidas, inoculantes e biofungicidas.

Em 2020/21, esse mercado ficou em torno de R$ 3 bilhões e para esse ano a estimativa é de R$ 3.6 bilhões. Para o diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Marcos Fava Neves, em se tratando de sistemas regenerativos, os bioinsumos são muito importantes tanto para reduzir o uso dos insumos químicos quanto para a preservar e regenerar o solo, entre outras funções.

“Os bioinsumos são inoculantes, biofertilizantes e bioestimulantes, são defensivos biológicos para o controle de pragas e doenças; podem ser utilizados para o melhoramento em nanobiotecnologia, e também são componentes industriais, de rações, vacinas e medicamentos”, complementa Fava.

No cenário global dos insumos biológicos, dados apresentados pela Frente Parlamentar da Câmara Mista de Bioeconomia da Câmara dos Deputados indicam que a movimentação nesse mercado pode superar os US$ 11 bilhões em 2025. Outro estudo realizado pela Research and Markets aponta para US$ 18.5 bilhões no mesmo ano, com crescimento anual de 10% a 12%.

“Enquanto a agricultura regenerativa representa a preservação e a reconstrução dos ambientes de produção primária, mais ligados às fazendas, os sistemas regenerativos trazem o conceito da cadeia produtiva, que inclui desde o setor de insumos até o segmento de supermercados e restaurantes”, afirma o diretor da SNA.

Para ele, estes sistemas também superam a própria noção de cadeia produtiva, quando consideram fatores como a natureza e as relações e áreas de atuação humanas.

Além disso, Fava destaca que o caráter regenerativo “torna a agricultura uma solução para os problemas ambientais”.

Agregação de valor

O especialista defende ainda que “o agro precisa ser trabalhado cada vez mais como sistema regenerativo, não apenas em relação ao elo agrícola, mas também ao elo industrial, de insumos, de serviços, entre outros”.

A ideia, segundo Fava, “é mostrar que a contribuição para o desenvolvimento sustentável é papel de todos os agentes e setores da sociedade, como o governo e as empresas com suas políticas ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês).

“Temos mercado, desenvolvimento, cientistas e benefícios. Os sistemas regenerativos são um pênalti sem goleiro, que vão trazer cada vez mais para o Brasil agregação de valor com o uso de tecnologias”, conclui o diretor da SNA.

Fonte: Doutor Agro
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