Morre o historiador Ney Carvalho

Antonio Alvarenga, presidente da SNA, e o historiador Ney Carvalho. Foto: Divulgação

Morreu nesta terça-feira no Rio de Janeiro o historiador e escritor Ney Carvalho. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ),  Carvalho foi corretor de Bolsa de Valores do Rio por 25 anos, de 1958 a 1983, e atuou como diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Foi uma lamentável perda. Ney integrava o nosso Conselho de Economia”, disse o presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antonio Alvarenga.

“A morte do Ney chocou o grande número de amigos e admiradores de sua carreira como historiador. Conheci o Ney no Colégio Santo Inácio, e quando me interessei por investir na bolsa foi por intermédio da corretora de seu pai, onde o Ney trabalhava. Foi lá que comprei minhas primeiras ações em 1965”, declarou Thomás Tosta de Sá, diretor da SNA.

“Ney escreveu dois livros para mim quando presidi o Instituto Ibmec : ‘Origens do Ibmec’ e ‘Plano Diretor do Mercado de Capitais, uma Parceria Público-Privada de Sucesso’. Ele fará falta para nos contar suas histórias do mercado brasileiro de capitais”, acrescentou Thomás.

Carlos Von Doellinger, Antonio Meirelles, Ney Carvalho, Sergio Gabizo, Claudio Contador e Armin Lore, alguns dos membros do Conselho de Economia da SNA. Foto: Divulgação/SNA

“Era uma pessoa extraordinária, amigo fiel, culto e que sabia lidar muito bem com as adversidades, por piores que elas fossem. Na última vez que falamos estava muito feliz, pois finalmente seria publicada sua pesquisa sobre Getúlio Vargas, que foi encomendada por mim quando diretor da Vale”, afirmou o economista e presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco.

Entre seus inúmeros trabalhos, Ney realizou uma importante pesquisa sobre a história da Vale no mercado de capitais, desde a listagem de suas ações na BVRJ. “Isso fez com que construíssemos uma série diária de preços desde 1943, convertidos para dólar em 2010, o que nos permitiu retirar interessantes informações sobre o comportamento do mercado”, acrescentou Castello Branco.

“Não fosse a dedicação durante anos ao mercado de ações, um negócio familiar, Ney teria sido um scholar de ponta no campo da história, sua verdadeira vocação. Perdemos um homem bom, íntegro e um verdadeiro liberal”.

Ney também é autor de diversos livros, entre eles, “A guerra das privatizações” (Editora de Cultura, 2007) “Companhias abertas no Brasil” (Abrasca, 2012) e “Origens do Ibmec e o desenvolvimento do mercado de capitais” (Ibmec, 2012).

 

 

Fonte: Instituto Millenium

Equipe SNA

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