Posse dos novos titulares da Academia Nacional de Agricultura da SNA

Posse na Academia SNA
Novos integrantes da Academia Nacional de Agricultura da SNA. Foto: Raul Moreira/SNA

Em solenidade concorrida, a Sociedade Nacional de Agricultura deu posse em dez de novembro, em sua sede, aos novos membros da Academia Nacional de Agricultura. Foram agraciados com a medalha a ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o secretário de Agricultura do Estado de São Paulo, Francisco Maturro, a empresária Angela Costa; o empresário e político Guilherme Afif Domingos, o pecuarista Pedro Camargo Neto, o ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira; Marcelo Vieira, o ex-ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, o economista e ex-presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, o pró-reitor da FGV e diretor da SNA, Antônio Freitas, e o vice-presidente de Relações Internacionais e Coordenação da Cadeia Produtiva do CNPC (Conselho Nacional da Pecuária de Corte), Sebastião Costa Guedes.

A ex-ministra Tereza Cristina Diaz, recém-eleita senadora pelo estado do Mato Grosso, exaltou em seu discurso, a importância do Brasil na segurança alimentar mundial. “Nossos sistemas tropicais de produção têm proporcionado avanços extraordinários na produtividade por área, gerando um consequente salto na sustentabilidade econômica e ambiental. As cadeias de produção de proteína animal também experimentam evoluções.”

A cerimônia, conduzida pelo presidente da SNA, Antonio Alvarenga, encerrou o evento de lançamento do braço de tecnologia e inovação da instituição centenária: SNASH. Trata-se um ecossistema de inovação em agtechs que foi lançado no mesmo dia e reuniu diversas startups do setor agro, as agtechs, com palestras e apresentações de empresas jovens para investidores do segmento e para políticos como senador pelo Rio de Janeiro, Carlos Portinho (PL).  A SNA foi fundada em 1897 e, desde então, é voltada para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro.

Ainda durante a cerimônia, a coordenadora da obra “Direito & Agronegócio”, Irini Tsouroutsoglou, e o coautor e diretor jurídico da Sociedade Nacional de Agricultura, Frederico Price Grechi, entregaram aos agraciados um exemplar do livro que reúne uma série de textos assinados por autoridades e especialistas em agro. Estiveram presentes à solenidade   deputados federais Laura Carneiro (PSD-RJ) e Júlio Lopes (PP-RJ). Segue abaixo íntegra do discurso da senadora eleita, Tereza Cristina Dias.

Antonio Alvarenga, presidente da SNA; ex-ministra Tereza Cristina e Caio Carvalho, presidente da Academia Nacional de Agricultura. Foto: Raul Moreira/SNA

Discurso da ex-ministra Tereza Cristina

Cada vez mais precisamos ser práticos e objetivos em nossas ações. O Brasil é um país jovem que não pode perder oportunidades. Temos aqui um fórum de pessoas que podem contribuir muito para nosso País, com as experiências adquiridas, os serviços prestados, diante do momento delicado em que estamos vivendo.

Temos de trazer resultados para o mundo, com responsabilidade. A segurança alimentar em escala mundial está muito ameaçada. Temos oito bilhões de habitantes no mundo e precisamos de combater o problema da fome.

Assumimos um protagonismo na equação de abastecimento mundial de alimentos, incluindo frutas, sem abandonar a liderança como maior produtor de energia limpa, originada no campo. Esse desempenho se deu graças à resiliência e aos gigantescos esforços de pequenos e grandes produtores, de cientistas como os da Embrapa, de universidades e de instituições privadas. Colegas dessa Academia lideram processos relevantes nessa conquista.

Nossos sistemas tropicais de produção têm proporcionado avanços extraordinários na produtividade por área, gerando um consequente salto na sustentabilidade econômica e ambiental. As cadeias de produção de proteína animal também experimentam evoluções.

O referendado Brasil do agro passou a desempenhar um papel contraditório, pois ao mesmo tempo em que temos a missão de oferecer uma solução para o suprimento mundial de alimentos, somos uma ameaça às cadeias produtivas de muitos países e comunidades econômicas. Temos de trabalhar essa questão com mais eficiência.

O agricultor é o maior responsável pela preservação de importantes biomas brasileiros, e muitas vezes ele não é reconhecido. Pessoas e entidades nacionais atuam como agentes da desinformação em relação à questão ambiental. Temos muitas mazelas, mas também temos um aparato legal e institucional para enfrentar essas ações criminosas. Seguramente, nossos instrumentos serão aprimorados para que possamos atuar com os transgressores com mais eficiência e eficácia.

É fundamental conhecermos os ganhos de governança em todas as cadeias produtivas do nosso setor. A qualidade de nossos produtos e nossos sistemas de produção são reconhecidos mundialmente. Nos últimos anos, conseguimos abrir mais de 240 novos mercados, graças à qualidade dos produtos do agro brasileiro.

Como senadora eleita, trabalharei para que a evolução do agro continue, para que possamos trabalhar nossa agroindústria com rapidez, eficiência e responsabilidade. O Brasil tem tecnologia e maturidade para gerenciar esses avanços.

Precisamos acelerar o processo de regularização fundiária e ambiental e de titulação de terras para afastar o fantasma da insegurança jurídica. Cerca de 440 mil títulos de terras já foram entregues no governo Bolsonaro.

Hoje vemos também a consolidação do cooperativismo. O desenvolvimento de sistemas associativistas se estendem à agricultura familiar.

Precisamos ainda dar atenção ao seguro rural, avançar na logística e melhorar a capacidade de comunicação do nosso agro.

 

Equipe SNA
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