Produtor entra bastante capitalizado na safra 2022/23

A agricultura brasileira acumulou bons anos de rentabilidade, apesar dos acidentes climáticos na safra passada, mas, de maneira geral, o produtor está entrando “bastante capitalizado” na safra 2022/23, que se inicia oficialmente em 1º de julho.

A opinião é do diretor de Agronegócios do Itaú BBA, Pedro Fernandes, que participou, nesta sexta-feira, do Broadcast Live.

Ele reconheceu, entretanto, que o preço de insumos subiu bastante. “Quando a gente vê as nossas contas, que fazemos com base no médio Mato Grosso, percebemos um aumento de custos de 60% para 2022/23”, disse. “Então, para a mesma área, o produtor terá de desembolsar 60% mais”.

Fernandes explicou que parte desse capital virá de safras passadas, mas uma parcela terá de ser captada no mercado de crédito rural.

“O que nós acreditamos, então, é que os produtores que estavam acostumados a se financiar exclusivamente por linhas do crédito rural (subsidiadas no Plano Safra), terão de aprender a trabalhar com taxas de mercado”.

“Isso por causa do aumento de juros (da taxa Selic), do limite de financiamento imposto por CPF e, não só isso, pela própria limitação da quantidade de crédito rural com preços competitivos”, acrescentou o diretor do Itaú BBA.

Assim, esse dinheiro, segundo ele, pode vir de várias fontes, inclusive de operações bancárias. “E os bancos estão dispostos a aumentar sua carteira agro. Nós, aqui do Itaú BBA, estamos com apetite por financiar esses produtores.”

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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