SNA anuncia novos projetos nas áreas de tecnologia e inovação

Reunião SNA
Almoço comemorativo dos 126 anos da Sociedade Nacional de Agricultura

A Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) realizou um almoço para comemorar os 126 anos da instituição, completados em 16 de janeiro. Na ocasião, o presidente da SNA, Antonio Alvarenga, falou sobre o momento atual da entidade e destacou os novos projetos em andamento.

“A SNA está em processo de renovação, com o ingresso de membros mais jovens na diretoria, e iniciamos a criação de três empresas”, disse.

Uma delas é a SNA Digital, que será gestora da Faculdade SNA e das atividades educacionais da instituição, e que estará focada no desenvolvimento de vários programas de ensino e de treinamento.

“Já temos três cursos aprovados pelo MEC, e outros cursos de pós-graduação em desenvolvimento. A SNA detém 90% do capital dessa empresa”, afirmou Alvarenga.

O conselheiro fiscal da instituição, Rui Otávio Andrade; a coordenadora dos cursos de graduação da SNA no campus da Penha, Christianne Perali, e o diretor técnico Antonio Freitas atuarão como gestores da SNA Digital.

Ainda na área de educação, a SNA irá lançar seu primeiro curso de Comércio Exterior, em parceria com a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). “São cursos de alto nível que iremos ofertar a determinadas empresas do mercado para que seus funcionários sejam qualificados”, ressaltou o presidente da SNA.

Modernização

Ao destacar os 126 anos da instituição, o vice-presidente Tito Ryff comentou sobre o desempenho e a trajetória de alguns dos presidentes da casa nas últimas décadas, e acrescentou que a atual gestão “está modernizando a SNA e fazendo com que ela entre de corpo e alma na nova era digital das agtechs e da inovação, onde o agro sempre teve um papel importante”.

“A SNA está cada vez mais comprometida com a defesa dos interesses da agricultura brasileira e com o futuro do nosso país”, concluiu Ryff.

Hub

Outro projeto recém-lançado pela instituição é o SNA Startups Hub (SNASH), um hub de startups do agro e de outros setores. “Para esse projeto também vamos criar uma empresa, nesse caso, de gestão em inovação e tecnologia, em que a SNA será majoritária”, afirmou Alvarenga.

O hub vai oferecer diversos serviços para as startups, desde espaços físicos e conexões com produtores, governo, empresários, companhias, etc. a programas de capacitação e marketing. “Queremos ajudar essas empresas a se valorizar e também buscar investimentos junto a elas. Há uma infinidade de recursos nos mercados público e privado que podem ser realocados nessas startups”, destacou o presidente da SNA.

Participações

Uma terceira empresa constituída pela SNA será focada em participações. “Algumas startups que iremos selecionar cuidadosamente para participar de nosso hub, ou seja, as que tiverem maior potencial de desenvolvimento, receberão investimentos da SNA. Quando essas empresas crescerem e se valorizarem, poderão trazer rentabilidade”.

Alvarenga explicou que, para cada empresa selecionada, será criada uma SCP (Sociedade em Conta de Participação), que estará aberta a investimentos por parte dos diretores da instituição.

Presente ao encontro, o ex-ministro Márcio Fortes elogiou os esforços da SNA para investir em startups, inclusive em financiamento de projetos. “Não basta ter somente um instrumento como o Marco Legal das Startups, mas é preciso ter capacidade de operar o instrumento legal, e essa é a grande dificuldade do setor”, disse.

Mercado de carbono

Outro assunto em destaque na reunião foi a criação de uma bolsa internacional de mercado de carbono no Rio de Janeiro, projeto que está em vias de se concretizar, segundo informação do governador Cláudio Castro anunciada à ocasião pelo diretor jurídico da SNA, Frederico Price Grechi. A iniciativa é do secretário de Planejamento do Rio de Janeiro, Nélson Rocha.

“O principal gargalo do setor é a certificação do carbono, e essa certificação precisa ter credibilidade para que haja condições de negociação no mercado internacional”, afirmou Alvarenga. “Hoje esse processo é realizado por certificadoras internacionais, e o custo é elevado. Mas por outro lado existe um projeto no Ministério da Agricultura para que o Brasil tenha a sua própria certificadora”.

Já a diretora Sylvia Wachsner defendeu o estabelecimento de protocolos para o desenvolvimento desse mercado. “Há uma cadeia inteira a ser construída para que o setor possa gerar oportunidades”, disse.

“Está na hora de recuperar o Rio de Janeiro, que pode ser palco de um grande exemplo para o País. Ou transformamos as instituições (que enfrentam dificuldades) ou então vamos pagar um altíssimo preço”, advertiu o diretor Paulo Protásio.

Capitalização

Ainda durante o almoço, o diretor Thomás Tosta de Sá falou sobre a necessidade de capitalização de pequenas e médias empresas no Brasil.

“O País vive um momento em que é fundamental o apoio à pequena e média empresa, pois são as maiores geradoras de emprego em qualquer economia. Nos EUA, verificou-se que, por cada dólar investido, essas empresas eram as que mais promoviam inovações na economia americana”.

Segundo Tomás, nas décadas de 80 e 90 houve um ‘boom’ onde cerca de 65 mil pequenas e médias empresas no mundo recorreram ao mercado de capitais. “Hoje temos uma oportunidade fantástica de apoiar o processo de capitalização dessas empresas, e estamos discutindo com o Sebrae um projeto nessa direção”, disse.

Atitude

O diretor Ruy Barreto Filho defendeu uma nova política para o agronegócio e criticou a falta de atitude por parte das lideranças do setor quanto a um posicionamento mais efetivo a respeito de questões de interesse, como a recente decisão do governo em recriar as pastas do Desenvolvimento Agrário e da Pesca, que anteriormente integravam a estrutura do Ministério da Agricultura.

Também participaram do encontro o presidente da Funcex, Antonio Carlos Pinheiro; o vice-presidente da SNA, Hélio Sirimarco; os diretores Antonio Freitas, Alberto Figueiredo, Francisco Villela, Hélio Meirelles, Leonardo Alvarenga, Lucas Valladão, Túlio Arvelo Duran e Sérgio Malta; o membro da Comissão Fiscal, Elcio Marques Batista; Marcos Vasconcellos, coordenador de projetos do Sebrae; Itamar Mora, diretor financeiro do Sindicato Rural de Resende (RJ), e a editora da revista A Lavoura, Cristina Baran.

Equipe SNA
Foto da capa: Antonio Alvarenga e o ex-ministro Márcio Fortes
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp