Soja segue subindo, principalmente no RS

Os preços da soja continuam subindo no estado do Rio Grande do Sul, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Em Canoas o preço subiu R$ 3,00 para R$ 164,00 para pagamento em 06 de novembro. Em Ijuí e em Cruz Alta subiu R$ 3,00 para R$ 165,00, para final de novembro e em Passo Fundo, atingiu R$ 167,00, para final de novembro. Em Santa Rosa, os preços subiram para R$ 165,00. O preço da soja futura permaneceu inalterado a R$ 137,00 para entrega e pagamento em maio de 2021, o que equivale a R$ 131,00 no interior, no mercado de lote.

No Paraná, os preços permaneceram inalterados nesta segunda-feira. No mercado de balcão o preço oferecido ao agricultor na região de Ponta Grossa manteve a alta do dia anterior a R$ 150,00. No mercado de lotes, em Ponta Grossa para entrega em outubro e pagamento meados de novembro, o preço também se manteve a R$ 160,00. No interior dos Campos Gerais, o preço continuou a R$ 160,00, para retirada em outubro e pagamento em novembro.

Mato Grosso do Sul já plantou 10,31% da área para 2020/21, mas já vendeu 52%. O Relatório Granos, desta segunda-feira, informou que o estado do Mato Grosso já plantou 10,31% dos 3.188.850 hectares estimados para a safra 2020/21, com previsão de um potencial produtivo em torno de 11.877.305 de toneladas.

No Mato Grosso, parte da soja prevista para o mercado interno foi para exportação. Para a exportação em 2021, o adiantamento da comercialização é de 60,40% até 20 de setembro contra 36,03% da última safra, pode refletir em escoamentos recordes, podendo chegar a 22.67 milhões de toneladas, volume 1,53% acima do da safra passada.

China 

Segundo a TF Agroeconômica, a China teve atividade reduzida nesse início de semana e os Estados Unidos permanecem competitivos versus Brasil até fevereiro. No CFR/China, a atividade foi leve, com algumas esmagadoras continuando a buscar embarques para o 1º e 3º trimestre de soja brasileira. Os interesses de compra para fevereiro/2021 ficaram em US$ 2,10/bushel sobre março CBOT base CFR/China versus ofertas entre US$ 2,35-US$ 2,40/bushel sobre março CBOT.

Para o embarque março, compradores a US$ 1,75/bushel sobre março CBOT, em linha com o nível negociado na última sexta-feira, contra ofertas a US$ 1,83-US$ 1,85/bushel sobre março CBOT. As ofertas de compra para o embarque de julho ficaram a US$ 1,70/bushel sobre julho CBOT e as ofertas de venda a US$ 1,78/bushel sobre julho CBOT.

Nos EUA, a soja CFR/China o interesse focado principalmente nos embarques de dezembro e janeiro do Golfo, mas os vendedores estavam em sua maioria ausentes. As ofertas para embarque janeiro foram de US$ 2,65/bushel sobre janeiro CBOT e as para os embarques de dezembro/janeiro foram entre US$ 2,63-US$ 2,70/bushel sobre janeiro CBOT. Nos EUA, os preços FOB foram pouco comentados, embora as indicações CFR estavam em torno de US$ 1,60/bushel sobre novembro e janeiro CBOT, o que equivale a US$ 456,00 a tonelada e US$ 457,00 a tonelada, respectivamente.

O embarque janeiro foi cotado a US$ 443,50 a tonelada, o que significa que os EUA permanecem competitivos em relação ao Brasil até fevereiro. No mercado à vista no Brasil, em Paranaguá os prêmios para fevereiro estavam na faixa de US$ 1,25-US$ 1,28/bushel sobre março CBOT, o que equivale a um preço fixo de US$ 430,25 a tonelada FOB/Santos, subindo marginalmente no dia acompanhando a alta da CBOT.

Dólar 

O dólar fechou em baixa de 0,64% nesta segunda-feira, cotado a R$ 5,6055 para venda. A divisa oscilou entre uma máxima a R$ 5,6470 (+ 0,10%) e uma mínima a R$ 5,5675 (- 1,31%).

CBOT 

A colheita avança nos EUA, as chuvas começam a melhorar no Brasil e dar mais chances ao plantio, porém, os contratos futuros da soja continuam em subindo na Bolsa de Chicago nesta terça-feira (20), dando continuidade aos ao movimento registrado ontem. Por volta de 9h35 (Horário de Brasília), os vencimentos registram ganhos de 7,25 centavos, com o novembro cotado a US$ 10,61½ e o janeiro a US$ 10,61¼ o bushel.

O mercado, segundo analistas e consultores, continua bastante focado na demanda., com os EUA já tendo vendido mais de 70% do estimado para a safra 2020/21 e nas preocupações com a oferta.

Mais do que isso, na análise de alguns analistas, o percentual de área colhida divulgado no fim da tarde desta segunda-feira (19) pelo USDA ficou aquém do esperado. Para outros, ficou apenas dentro das expectativas.

A área de soja já colhida nos EUA chegou até o último domingo (18), a 75%, enquanto o mercado esperava algo entre 74% e 75%. Na semana passada eram 61%; em 2019 cerca de 40% e a média para o período, 58%.

As altas da soja acompanham ainda as altas do milho e pelo trigo na CBOT. Em um tempo de escassez global de alimentos e de um consumo consideravelmente maior, a interligação entre os três produtos fica ainda mais forte.

“Há suporte da ausência do Brasil do mercado, o que leva a demanda internacional a tentar garantir as necessidades com produto dos EUA”, disse Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da TradeHelp.  Mais do que isso, o profissional explica ainda que o mercado está, no momento precificando, o risco de uma frustração de safra na América do Sul, o estrago que faria no quadro de oferta e demanda mundial e o efeito sobre os preços.

“Já se começa a falar, timidamente, em racionamento da oferta, que sabemos que em um mercado livre só pode acontecer através do aumento no preço. É cedo ainda para algo neste sentido, mas há munição suficiente para os altistas tentarem empurrar o mercado pelo menos até a marca psicológica de US$ 11,00/bushel, mesmo que depois o mercado possa não conseguir se manter neste nível”, disse Cachia.

Milho 

Segundo a TF Agroeconômica, os preços no Rio Grande do Sul os preços subiram R$ 2,00 e atingiram R$ 75,00 em Ibirubá; R$ 74,00 em Cachoeira do Sul; permaneceram a R$ 71,00 em Ijuí; R$ 70,00 em Passo Fundo. Nas demais localidades do estado oscilaram entre R$ 68,00 e R$ 69,00 no mercado de lotes. Negócios na maioria das praças os preços subiram R$ 1,00 para R$ 71,00 para outubro, 5,33% abaixo do preço médio do milho comprado no Mato Grosso do Sul.

Os preços subiram também em Santa Catarina R$ 1,00 para R$ 76,00 em Concórdia e Joaçaba nesta segunda-feira. No Alto Vale do Itajaí o preço continuou a R$ 75,00, assim como continuou a R$ 73,00 em Campos Novos. Em Mafra o preço subiu novamente, para R$ 69,00. Nas demais localidades os preços no mercado de lotes oscilaram entre R$ 62,00 (Canoinhas) e R$ 72,00 (Chapecó).

No Paraná, no mercado de balcão para os produtores paranaenses os preços ficaram entre R$ 60,00 e R$ 62,00. Já no mercado de lotes, os preços permaneceram inalterados neste início de semana, ao redor de R$ 68,50 em Cascavel; R$ 67,00 em Londrina, Maringá e Ponta Grossa, posto indústrias e R$ 64,00 para entrega em outubro e pagamento em novembro. Na Ferrovia de Maringá, R$ 64,00 (61,50 anterior) para entrega 25/10 a 15/11 e pagamento 05/11.

No Mato Grosso do Sul os preços subiram entre R$0,60 e R$ 3,00. O Relatório Granos desta segunda-feira registra que o Estado já comercializou 67% das 10.68 milhões de toneladas produzidas na safrinha de 2020, o que significa dizer que dispõe 3.52 milhões de toneladas ou 880.000 toneladas/mês para serem comercializadas dentro e fora do estado até o final de fevereiro, quando deverá ingressar milho nos estados compradores do RS e SC.

Colheita EUA 

O USDA informou que a colheita já foi concluída em 60% da área, contra estimativas do mercado de 51% a 52% e contra os 41% da semana anterior. Há um ano, nesse mesmo período, eram 28% e 43% é a média das últimas cinco safras para esta época.

61% das lavouras estão em boas ou excelentes condições, mesmo percentual da semana anterior. São ainda 25% das lavouras em condições regulares e 14% em condições ruins ou muito ruins.

Agrolink/Reuters/Notícias Agrícolas/SNA 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp