Os Estados Unidos venderam mais soja para a China nesta quinta-feira. Segundo o anúncio do USDA, foram 392.000 toneladas da safra 2021/22, sendo 132.000 toneladas para a China e 260.000 toneladas para destinos não revelados.
Este é o terceiro anúncio da semana, e com ele o volume total vendido pelos EUA para a nação asiática e mais destinos não revelados chega a 1.178.000 toneladas, depois de dois meses sem novas vendas.
Os chineses estão aproveitando as quedas recentes nos preços da soja e chegam por meio de suas estatais ao mercado, de olho em mais produto para recompor suas reservas.
“Traders comentam sobre mais compras por parte da Sinograin, volumes de oito a dez cargos. As compras estão sendo destinadas para suas reservas”, indicou a Agrinvest Commodities.
Compras no Brasil
E não só as compras estão sendo feitas nos EUA, como no Brasil. Entre sexta-feira (18/6) e terça-feira (22/6), cerca de 11 navios, ou cerca de 660.000 toneladas de soja brasileira, teriam sido compradas pela China, segundo informações apuradas junto à Pátria Agronegócios, também decorrentes das cotações mais baixas dos últimos dias, em função do recuo dos futuros na Bolsa de Chicago.
O Brasil continua a ter a soja mais competitiva em relação à norte-americana, pelo menos até agosto, quando ainda conta, principalmente com prêmios mais baixos nos próximos meses. A partir de setembro, a situação começa a mudar.
Barganha
“O chinês está vendo nossa soja como uma barganha. Está comprando o que há remanescente porque sabe que mesmo com a safra cheia nos EUA não será suficiente para atender toda a demanda asiática e internas no Brasil e nos EUA”, disse Matheus Pereira, diretor da Pátria.
“O chinês agora é o puro reflexo de que os preços da soja estão baratos agora e eles estão voltando com compras cada vez mais agressivas”.
Fonte: Notícias Agrícolas
Equipe SNA
